Serpa/ Mértola: Câmaras fecham Estradas Municipais de ligação a Paymogo (Espanha).
(Atualizada 2) Câmara de Serpa e Ayuntamiento de Paymogo fecha a Estrada Municipal 520 e a Câmara de Mértola encerra o acesso pela Volta Falsa àquela localidade espanhola.
A Câmara Municipal de Serpa informou que, a Estrada Municipal (EM) 520, que liga São Marcos (Serpa) e Paymogo (Espanha) foi encerrada ao trânsito às 14.30 horas desta segunda-feira, dia 16 de março e até 15 de abril, como medida de contenção da propagação do Covid 19.
A medida de caráter excecional foi decidida depois de acordada com o Ayuntamiento de Paymogo, e na sequência das medidas preventivas adotadas no concelho de Serpa.
A EM 510 tem ligação a Paymogo por Vila Nova de São Bento e Vale dos Mortos, no concelho de Serpa e Corte do Pinto, no concelho Mértola, tendo a Câmara Municipal de Serpa oficiado o comando do Posto de Serpa e o Comando Territorial de Beja da GNR sobre o bloqueamento da estrada com gradeamentos metálicos no confinamento entre os dois países.
As fronteiras de Vila Verde de Ficalho (Serpa) e Rosal de la Frontera e da Ponte Internacional do Baixo Guadiana, na ligação de Pomarão (Mértola) e o El Granado (Espanha) já estão a ser controladas por militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Guardia Civil (GC), para darem cumprimento às restrições tomadas hoje pelos ministros da Administração Interna de Portugal e Espanha.
De acordo com a informação recolhida junto da autarquia de Mértola, a Ponte Internacional do Baixo Guadiana, estará completamente encerrada, nem possibilidade de passagem de qualquer tipo de veículos ou pessoas.
ATUALIZAÇÃO: Em comunicado a Câmara de Mértola onde refere que “o acesso pela Volta Falsa, na Freguesia de Corte do Pinto, ficará igualmente encerrado, com total responsabilidade da Câmara Municipal de Mértola.
Recorde-se que Eduardo Cabrita anunciou, esta segunda-feira, que as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha serão reduzidas a nove pontos, com controlo. Não são conhecidas as fronteiras que estarão abertas.
O atravessamento da fronteira estará limitado a mercadorias e trabalhadores, explicou o ministro da Administração Interna. “Economia deve ser mantida a funcionar pelo que é essencial garantir manutenção do transporte de mercadorias, nomeadamente a circulação de produtos alimentares”, disse Eduardo Cabrita. Esta restrição de movimentos será aplicada, em articulação com as autoridades espanholas, ainda esta segunda-feira.
Mais a norte do distrito de Beja, a fronteira que liga Barrancos a Encinasola ainda se encontrava se controlo fronteiriço da GNR e GC, tendo o edil barranquenho, João Serranito, revelado que “regresso de uma reunião com o alcaide de Paymogo, para implementar as medidas decretadas pelos dois governos”, concluiu.
ATUALIZAÇÃO 2: Quatro municípios do Alto Alentejo interditam caminhos com acesso a Espanha.
Quatro municípios raianos do Alto Alentejo interditaram a circulação em cinco caminhos municipais com acesso a Espanha para haver “controlo de pessoas e bens” na fronteira devido ao agravar da pandemia de Covid-19 na vizinha Extremadura espanhola.
A interdição da circulação nos caminhos foi decidida pelos presidentes dos municípios de Arronches, Campo Maior, Marvão e Portalegre e vai “vigorar por tempo indeterminado”, explica a Câmara de Marvão, numa informação hoje divulgada.
Segundo o município, a circulação nos caminhos foi interditada “para que haja um controlo de pessoas e bens, numa altura em que a situação” relativa à pandemia de Covid-19 “se agrava na vizinha Extremadura espanhola”, onde há “um significativo número de casos confirmados”.
A circulação foi interditada nos caminhos municipais Galegos – La Fontañera, São Julião – Codosera, Esperança – Toujeirinha, Ouguela – Albuquerque e Retiro – Badajoz, precisa a Câmara de Marvão.
Na nota, o município também informa que a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, contactou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, em nome dos presidentes dos quatro municípios da raia do Alto Alentejo, “no sentido de apelar à necessidade da reposição das fronteiras para cortar a cadeia de transmissão da Covid-19”.
Teixeira Correia
(jornalista)