Zambujeira do Mar/ Odemira: Rede de traficantes começa a ser hoje julgada.


“Hayata” e “Sargo” como eram eram conhecidos dois traficantes de estupefacientes de Zambujeira do Mar, a quem foram apreendidos mais de 5.000 euros em notas, e o fornecedor, já com cadastro, de Belas (Sintra), começam hoje a ser julgados no Juízo de Beja.

Três homens com idades compreendidas entre os 49 e os 59 anos, começam hoje a ser julgados no Juízo Criminal de Beja, acusados em co-autoria do crime de tráfico de estupefacientes e outras atividades ilícitas, sendo ainda um dos arguidos acusado do crime de detenção de arma proibida.

De acordo com o despacho de acusação, José Rocha, um cidadão cabo-verdiano, residente em Belas (Sintra), que já cumpriu pena de 11 anos de prisão pelo mesmo crime, fornecia há pelo menos cinco, seis anos, cocaína, haxixe e ecstasy, a Luís Silva, desempregado, conhecido como “Hayata” e a Jorge Lopes, pescador, vulgo “Sargo”, ambos residentes na localidade de Zambujeira do Mar, no concelho de Odemira.

A detenção do trio de traficantes ocorreu no dia 23 de junho de 2017, numa estrada municipal, perto de Porto Covo (Sines), quando a GNR surpreendeu José Rocha e Luís Silva, no momento em que estes preparavam mais uma transação. Ao fornecedor foram apreendidas 50 gramas de cocaína, em elevado estado de pureza, e ao comprador 2.020 euros em notas.

Na tarde desse dia foram feitas buscas domiciliárias e não domiciliárias em Zambujeira do Mar e aos arguidos “Hayata” e “Sargo”, foram apreendidas 32 compridos de esctasy, 2,65 gramas de liamba, 14,212 gramas de MDMA, seis sementes de cannabis, 3.120 euros em notas, uma espingarda de caça e 144 cartuxos de calibre 12, uma dezena de telemóveis, duas balanças e muitos artigos para o tráfico de estupefacientes.

O procurador do Ministério Público (MP) de Odemira, Vando Varela, descreveu o cidadão caboverdiano, José Rocha como portador de “uma manifesta e intensa tendência criminosa, que não foi afastada pela pena de prisão de onze anos que cumpriu”. Mal foi libertado o arguido voltou ao tráfico, tendo passado a ser “o fornecedor” dos dois arguidos de Zambujeira do Mar.

Arroladas 45 testemunhas de acusação, 40 das quais identificadas como consumidores e habituais “clientes” de “Hayata” e do “Sargo”. Este arguido requereu a abertura da instrução mas o MP sustentou que o dinheiro apanhado ao arguido, “não se ajustava” com as atividades de pescador e de pintor, como também se intitulou.

Teixeira Correia

(jornalista)


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