Beja: Agricultor vai ser julgado por violência doméstica.


Um agricultor, com cerca de 70 anos, residente em Beja, vai ser julgado por violência doméstica, pela prática reiterada de diversas formas de coação sobre a mulher, 20 anos mais nova.

Apesar do fim do relacionamento, o arguido continuou a enviar mensagens intimidatórias à vítima.

A poucos dias do julgamento, na passada sexta-feira, o arguido foi ouvido pelo Juiz de Instrução Criminal (JIC), tendo-lhe sido aplicadas novas medidas de coação, ficando proibido de contatar ou aproximar-se da vítima.

Aquando da primeira audição, o Ministério (MP) de Beja tinha aplicado ao sujeito a medida de coação de obrigação de permanência na habitação, com vigilância eletrónica, mas por diversos erros processuais, esta nunca foi aplicada.

A possessividade do arguido sobre a vítima, levou esta a terminar em definitivo a relação em maio do ano passado, vinte anos depois da mesma ter começado, mas que já tinha sido suspensa entre novembro de 2015 e maio de 2018. Pelo meio fica a existência de dois filhos em comum, um rapaz de 15 anos e uma rapariga de 12 anos.

De acordo com o despacho da acusação do MP a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, “o arguido demonstrou ser uma pessoa bastante insegura, possessiva e controladora”, o que levou que há alguns anos a vítima quisesse separar-se daquele tendo o mesmo ameaçado que: “se saíres de casa puxo fogo tudo, lei da terra queimada”, tendo ameaçado a mulher dizendo que “mato-te primeiro não te ficas a rir”.

Segundo MP, o arguido nunca aceitou a separação tendo procurado insistentemente junto de familiares e dos próprios filhos, informações sobre a vida da vítima.

Teixeira Correia

(jornalista)


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