Beja: Bancário desvia dinheiro do Santander Totta. Fugiu para o Brasil e apresentou a demissão.
Um funcionário bancário da agência Beja/ Jardim do Banco Santander Totta, é suspeito de ter desviado uma avultada quantia de dinheiro, falando-se de uma verba entre 1,5 e 2 milhões de euros, valor que a instituição não confirma.
O individuo de, 37 anos, natural de Beja, filho de um antigo Diretor de Finanças, terá deixado o País há cerca de duas semanas e procurou refugio no Brasil. Segundo foi possível apurar, o indivíduo efetuou diversos movimentos bancários não autorizados, para se apoderar do dinheiro.
Fonte oficial do Santander confirmou ao Lidador Notícias (LN) que “foram detetadas irregularidades praticadas por um seu colaborador no balcão de Beja”, justificando que segundo os dados apurados até ao momento “não terá lesado qualquer cliente”, não especificando a quem pertencia o dinheiro movimentado pelo funcionário suspeito.
A mesma fonte adiantou que “o referido colaborador enviou uma carta de demissão das suas funções”, justificando que ainda não é possível apurar “o montante total dos prejuízos causados ao banco”, sustentando que será essa avaliação “que decidirá a adoção medidas adequadas”, ou seja, o recurso aos tribunais.
O LN apurou que a responsável do Balcão de Beja foi transferida para Vidigueira, tendo a fonte do Santander justificado que “a mudança estava pensada antes de ter existido conhecimento das irregularidades”.
O funcionário bancário suspeito do desvio do dinheiro estava ligado à música sendo responsável da Tuna Universitária de Beja e tocava numa banda rock. Antes de deixar Beja, o indivíduo entregou uma carrinha Mercedes a um stande da cidade, para a mesma ser vendida.
“Casa assombrada”
Depois de conhecido este caso, o edifício onde está situado o Santander Totta, foi batizado pela população como a “casa assombrada”. Há cerca de duas décadas, quando lá esteve instalado o Crédito Predial Português (CPP), um funcionário desviou uma avultada quantia de dinheiro de clientes (fonte conhecedora do processo esclareceu que o dinheiro foi levado dos cofres do Banco).
O autor do desfalque foi Francisco Esperança, o homem que em fevereiro de 2012, em Beja, matou a mulher a filha e a neta à catanada. O triplo homicida que dias depois se suicidou, cumpriu pena de prisão no Estabelecimento Prisional de Beja, pelo desvio do dinheiro do CPP, onde acabaria por se formar em Direito.
Teixeira Correia
(jornalista)