A Câmara Municipal deliberou entrar ao Banco Alimentar Contra a Fome de Beja a verba que estava orçamentada para o fogo-de-artificio da Passagem de Ano 2020-2021.
O Executivo decidiu arredondar os 7 mil e 500 euros + Iva (9.225 euros), que foram convertidos num donativo final de 10.000 euros.
A decisão foi aprovada por unanimidade pelos sete vereadores eleitos pelo PS e CDU, na reunião de Câmara do passado dia 16 de dezembro e entregue na véspera de Natal.
O presidente da edilidade bejense justificou que “com este donativo serão adquiridos os alimentos mais necessários em função das carências mais emergentes”, sustentando Paulo Arsénio que a verba “permite a quem está no terreno fazer a gestão da distribuição, em função dos casos sinalizados”, concluiu.
Para o presidente da Câmara de Beja “bom seria que não tivesse sido assim, o que significaria que não estaríamos a lutar contra uma pandemia e que as festividades habituais decorreriam com normalidade”, rematou o edil.
Paulo Arsénio não esqueça o sector da pirotecnia que “goste-se ou não do fogo-de-artifício, emprega muita gente e do qual dependem inúmeras famílias e que está parado há quase 10 meses sem saber quando voltará a trabalhar”, sintetizou.
Por seu turno Tadeu de Freitas, o diretor do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, justificou que o donativo da autarquia “permite reforçar o abastecimento alimentar durante vários meses às instituições que apoiamos, entregues depois a muitas pessoas e famílias”, sendo que a instituição apoia no concelho de Beja mais de uma dezena de IPSS’s e Juntas de Freguesia.
No concelho de Beja, o Banco Alimentar Contra a Fome apoia as seguintes instituições: Cáritas Diocesana de Beja, Casas do Povo de Cabeça Gorda, Baleizão, Nossa Senhora das Neves e Penedo Gordo, Casa Pia Centro de Apoio Social do Concelho de Beja, Cruz Vermelha, Núcleo da Liga dos Combatentes de Beja, Paróquia de São João Batista (Carmo) e Santa Casa da Misericórdia de Beja.
Teixeira Correia
(jornalista)