Município aguarda decisão do Ministério Público para fazer exames a animais mortos no Parque da Cidade.
“A autarquia está a aguardar um despacho do Ministério Público (MP) para enviar para a Universidade de Évora, um ganso com o objetivo de serem feitos exames laboratoriais para perceber o que esteve na origem da morte de seis animais”, revelou ao Lidador Notícias (LN), o presidente da Câmara Municipal de Beja. Paulo Arsénio justificou que um dos animais “foi congelado para se puder ser sujeito a análise toxicológica”, concluiu.
A edilidade bejense já está na posse do relatório da veterinária municipal e vai apresentar queixa no MP “contra desconhecidos, para que o caso seja alvo da investigação pelas autoridades competentes”, justificou o edil.
O caso ocorreu no passado fim-de-semana e foi o mais recente episódio de vandalismo no Parque da Cidade, em Beja, com a morte, ao que tudo aponta por envenenamento, de seis dos doze gansos que vivem no lago daquela infraestrutura camarária. Dos restantes animais, um está em tratamento e os restantes cinco já foram devolvidos ao seu habitat natural.
Paulo Arsénio sustenta que “há uma forte convicção de que foi um episódio pontual, tudo apontando para o envenenamento dos gansos, porque não há outro tipo de animais afetados”, rematou.
Por forma a prevenir novos casos de vandalismo, o Município decidiu-se pelo reforço da vigilância por parte dos funcionários municipais afetos ao Parque da Cidade.
Noite de grande vandalismo
Na noite do passado dia 19 de julho, diversos leeds da iluminação do Parque da Cidade foram destruídos, tendo os vidros colocados no chão sido partidos com recurso, por parte dos vândalos, ao arrancamento de paralelepípedos da calçada.
Para além dos leeds, nas imediações deste espaço lúdico da cidade de Beja, quatro abrigos das paragens de autocarro e diversos sinais de trânsito foram vandalizados. De referir que cada um dos abrigos é composto por seis laminas de vidro, com 1,70 metros de altura, 0,90 metros de largura e 8 milímetros de espessura, custando cada lâmina mais de 800 euros.
O presidente da autarquia bejense considera que “há uma grande propensão a destruir sinais, os vidros das paragens nas imediações do Parque, mas desta feita o ataque foi no coração do espaço. Importa perceber se é pessoas que moram nas imediações ou que vem de outros lugares para vandalizar tudo o que encontram”, tendo Paulo Arsénio considerado que alterar o vidro por plástico nos abrigos rodoviários “era mais económico, mas bastante inestéticos, ma há que tomar decisões”, concluiu.
Teixeira Correia
(jornalista)