Beja: Estudante esquecido na biblioteca. Bombeiros e PSP retiram o aluno em segurança.
Um estudante ficou fechado na noite de segunda-feira no interior da biblioteca, do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), depois de à meia-noite o funcionário ter fechado as instalações e não se ter apercebido da presença de uma pessoa dentro do espaço.
O aluno de 20 anos, residente em Alcabideche, Cascais, esteve a estudar na biblioteca e antes desta encerrar, ter-se-á sentido indisposto e foi à casa de banho, situação de que o funcionário não deu conta.
Ao regressar ao espaço, o jovem viu que estava trancado no seu interior do edifício dos Serviços Comuns, tendo de seguida ligado para o 112, dando conta que se encontrava trancado no interior da escola, o que levou a acionar os Bombeiros e a Polícia de Beja.
As autoridades contactaram os responsáveis do IPBeja, incluindo o seu presidente, Vito Carioca, mas, segundo foi possível apurar, “ninguém tinha a chave do edifício e que iria ser contatado quem a tivesse”. Certo é que, durante o tempo em que o aluno esteve fechado, mais de uma hora, ninguém da instituição compareceu no local.
Bombeiros e Polícia verificaram o edifício por fora e conseguiram que o aluno acedesse ao refeitório, rebentaram a rede de uma janela (na foto) que dá acesso à via pública, Rua Dr. José Correia Maltez, e dai conseguiram colocar o jovem no exterior do edifício.
Fonte dos bombeiros revelou que “os alarmes dispararam, o jovem entrou em pânico, mas foi possível controlar a ansiedade e retirá-lo em segurança e com o mínimo de estragos no edifício”, rematou.
Contatado pelo JN, Aldo Passarinho, Pró-presidente para a Imagem e Comunicação do IPBeja, confirmou que “um aluno ficou retido no interior no edifício”, acrescentando que a instituição “vai averiguar o que falhou”, desvalorizando a gravidade do incidente.
Este responsável confirmou também que, “após o alerta, as autoridades com o presidente”, garantindo que houve contatos internos “para alguém abrir a porta do edifício e o aluno poder sair”, o que em tempo útil não se verificou.
Apesar das diversas tentativas feitas, não foi possível chegar à conversa com o aluno, que durante grande parte do dia teve os telemóveis desligados e antes do fecho desta edição um dos aparelhos recebia chamadas, mas ninguém atendia.
Este não é um caso isolado ocorrido nos últimos dias, já que na passada sexta-feira, um turista brasileiro ficou fechado na loja do Minipreço, em Braga, durante a hora do almoço.
“Janela Salvadora”
O estudante foi retirado pelos bombeiros, por uma janela do refeitório, que acede ao exterior para a Rua Dr. José Correia Maltez, a cerca de 3 metros de altura no chão. Foi necessário rebentar com a rede protetora da janela para que o aluno pudesse sair do edifício.
Vigilância das instalações
A vigilância nos espaços do IPBeja funciona até às 24,00 horas, depois, e até às 07,00 horas, são os os alarmes que “entram ao trabalho”. Segundo foi possível apurar há cerca de 2 anos que a PSP deixou de assegurar, como gratificado, o serviço de vigilância naquele horário. Antes da Polícia era uma empresa de segurança que fazia o serviço nas instalações, mas que viu o contrato ser suspenso.
Dezanove (19) viaturas vandalizadas no IPBeja (Notícia do JN de 21 de outubro de 2013)
Um número não identificado de indivíduos partiu os vidros e destruiu o interior de, pelo menos, 19 viaturas do Instituto Politécnico de Beja, esta segunda-feira de manhã. “É puro vandalismo”, diz o presidente do instituto, e um “caso inédito” em Beja, reforça a PSP.
Pelo menos, 19 viaturas do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) ficaram com vidros partidos e muitas delas com o interior destruído, esta segunda-feira de manhã.
Um grupo indeterminado de indivíduos terá entrado nas instalações do IPBeja, que não tem sistema de videovigilância, e entre as viaturas vandalizadas estão duas pertencentes à Escola Superior de Educação de Beja.
Tudo terá acontecido depois das 06.30 horas, altura em que ocorreu uma ronda policial no local e tudo estava dentro da normalidade, segundo apurou o JN.
“É puro vandalismo”, reagiu ao JN Vito Carioca, presidente do IPBeja, que viu a sua viatura de serviço entre as que foram vandalizadas, apesar de aparelho de GPS que estava no interior não ter sido levado. Este ano apenas quatro contratos não foram negociados, salientou Vito Carioca, afastando, assim, alguma motivação neste ato com base em despedimentos na instituição.
“É um caso inédito em Beja”, frisou o superintendente Viola da Silva, do Comando Distrital da PSP, apontando para a suspeita de que “poderá ser uma mensagem para alguém da instituição”. No local estão elementos da Esquadra de Investigação da PSP de Beja.
Teixeira Correia
(jornalista)