Beja: Ficaram em silêncio os arguidos do processo Rodoviária do Alentejo.


Os doze arguidos do processo da Rodoviária do Alentejo remeteram-se ontem ao silêncio na primeira sessão do julgamento que teve início no Juízo Criminal de Beja. Dado o grande número de acusados que se sentou no banco dos réus, a audição realizou-se na sala principal.

Dois administradores, uma coordenadora operacional, um chefe de movimento, um expedidor/escalador e sete motoristas, são julgados pelos crimes de falsificação de documentos e falsificação de notação técnica. A empresa, propriedade do Grupo Barraqueiro, também entra no rol de arguidos.

Na segunda-feira começam a ser ouvidas as testemunhas de acusação, estando entre elas diversos militares  da GNR envolvidos nas fiscalizações aos condutores e viaturas da Rodoviária do Alentejo.

O caso, único no país, foi investigado entre outubro de 2016 e setembro de 2018 pelo Destacamento de Trânsito de Beja (DTBeja) da GNR e entre as principais acusações feitas aos arguidos, estão a alterações nos tacógrafos dos autocarros que permitiam a condução durante mais tempo e sem pausas, outras vezes, após o tempo máximo de condução passavam a conduzir as viaturas de transporte urbana que não têm tacógrafos.

O Procurador do Ministério Público de Beja que titulou o processo mandou extrair certidões contra três motoristas arguidos, para que seja aberto um inquérito onde se investigue a falsificação de títulos de condução daqueles profissionais.

No decurso do corrente ano, nas carreiras urbanas de Beja, da responsabilidade da Rodoviária do Alentejo esta anuncia que está a recrutar motorista e assume que “pagamos carta e CAM (Certificado de Aptidão de Motorista)”.

Teixeira Correia

(jornalista)


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