Uma seguradora deu entrada com um processo no JuÃzo Central CÃvel e Criminal de Beja contra duas empresas ligadas à importação e venda de artigos para uso doméstico, onde exige quase um milhão de euros de indemnização.
Em causa está um incêndio que deflagrou no dia 6 de janeiro de 2020 e que destruiu uma habitação e o seu recheio, localizada na Herdade da Mingorra, perto da aldeia de Trindade, no concelho de Beja. O espaço, propriedade de Henrique Uva, ficou totalmente destruÃdo, sem condições de habitabilidade, não tendo as chamas atingido uma adega e um enoturismo, localizados na herdade.
O alerta para o incêndio foi dado pelos trabalhadores que entravam ao serviço na manhã daquele dia 6 de janeiro, uma segunda-feira, tudo apontando para que as chamas tenham consumido lentamente o interior da habitação e tenha alastrado ao telhado.
Dadas as desconfianças para a origem do fogo foram chamados ao local os inspetores da Diretoria do Sul da PolÃcia Judiciária (PJ), que investigaram as causas do incêndio.
Depois de resolver a situação do sinistro com o seu segurado e face à s conclusões da investigação que apontavam para que as causas das chamas estavam ligadas a um aparelho de uso doméstico, a Crédito AgrÃcola Seguros-Companhia de Seguros de Ramos reais, SA, moveu a ação contra a Sony Europe B.V.-Sucursal em Portugal e a Worten-Equipamentos para o lar, SA, onde exigem uma indemnização de 942.500 euros.
Depois da entrada do processo no Tribunal de Beja vão os réus, Sony e Worten, ser notificados do conteúdo da ação, tendo 35 dias para contestar a mesma
A habitação destruÃda há dois anos pelo fogo, é a habitação da famÃlia Uva, e integra um projeto fundado em 2004, com um total de 1.400 hectares que integra três propriedades: Herdade da Mingorra, Sociedade AgrÃcola do Barrinho e Herdade dos Pelados, onde estão plantas vinhas, olival e amendoal, e uma adega, onde são produzidos 14 produtos, baseados na plantação de 23 tipos de castas.
Teixeira Correia
(jornalista)