Beja: Traficante transportava heroína e cocaína escondidas nos genitais.


Um individuo de 36 anos, natural de Cabo Verde, residente na Cova da Moura, Amadora, começou na quarta-feira a ser julgado no Tribunal de Beja, por tráfico de estupefacientes.

Por estar em situação ilegal no país, após cumprir a pena a que venha a ser condenado o individuo será expulso de Portugal.

Detido na tarde de 18 de julho de 2017, em plena Autoestrada 2, no concelho de Ferreira do Alentejo, ao ser revistado por militares da GNR, foi apanhado com heroína e cocaína, escondidas junto aos genitais.

Adelino Correia dos Santos, abastecia consumidores em Almacil, Quarteira e Vilamoura, escolhendo também alguns inusitados locais para fazer as transações, como o Estádio do Algarve, uma rua junto ao cemitério de Quarteira ou uma farmácia próxima do kartódromo de Almancil. O individuo permanecia 2/3 dias no Algarve até escoar o estupefaciente e regressava à Cova da Moura, para “abastecer” e no mesmo dia rumava a sul.

Quando foi abordado pelos militares da GNR, Adelino transportava junto aos genitais, 204 pacotes de cocaína, com o peso total de 97,209 gramas e 80 pacotes de heroína, com o peso total de 53,143 gramas. Numa busca à residência na Cova da Moura, onde vivia com a companheira, foram encontrados 300 euros, que as autoridades suspeitam ser resultantes do tráfico de estupefacientes.

Ao Coletivo de Juízes, presidido por Vítor Maneta, o arguido argumentou que começou a vender droga, não em 2013 como diz a acusação, mas a partir de meados de 2016, porque “fiquei desempregado, sem ordenado, a renda da casa para pagar e a minha mulher estava de baixa e grávida”, justificou.

Depois de muita divagação sobre a venda de estupefacientes e de uma interrupção da sessão, às perguntas do próprio advogado de defesa, Adelino confessou os factos de que está acusado, que viriam a ser confirmados por uma mulher que comprava cocaína e heroína ao cabo-verdiano, confessando também o local onde tal ocorria.

Dois indivíduos que também “eram clientes” do arguido e estavam arrolados como testemunhas de acusação faltaram ao julgamento, tendo o Coletivo emitido mandados de detenção para serem ouvidos na próxima sessão do julgamento. Arlindo Santos, está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja.

Teixeira Correia

(jornalista)


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