A Câmara de Lisboa tem 187 mil euros para atribuir à Casa do Alentejo, coletividade quase centenária que corre o risco de encerrar no próximo mês devido aos prejuÃzos decorrentes da pandemia covid-19.
De acordo com a edição online do Jornal de NotÃcias (JN), na próxima segunda-feira, dia 21, vai a votos uma proposta do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo, para garantir apoio a esta e outras organizações com trabalho de relevo na cidade. A Casa do Brasil de Lisboa, a Associação Lusofonia Cultura e Cidadania, o Centro Social Paroquial de Nossa Senhora da Ajuda, a CulturFace- Associação Cultural para o Desenvolvimento e o Positivo – Grupos de Apoio e Auto-Ajuda também receberão verbas de 16,9 mil euros, 3000 euros, 84 mil euros, dez mil e setecentos euros e quase 29 mil euros, respetivamente.
A ajuda financeira provém do Fundo de Emergência Social, que visa garantir um apoio extraordinário a organizações sem fins lucrativos com quebras significativas na receita decorrente da situação pandémica. O Centro Social e Paroquial S. Francisco de Paula também concorreu ao apoio, mas a candidatura foi indeferida, porque, segundo a proposta, não ficou demonstrada a “incapacidade para fazer face aos encargos que o fundamentam”.
No final do mês passado, o vice-presidente da Casa do Alentejo, Manuel Verdugo, reconhecia ao JN Urbano que “sem ajuda não há milagres”. “Não aguentamos em janeiro. Éramos um ex-libris da cidade, mas a pandemia paralisou-nos. Isto já não é só dor, vivemos num estado de agonia”, lamentava.