Santiago Macias e José António Falcão fazem parte da lista de doze candidatos ao cargo de diretor do Museu Rainha D.Leonor, em Beja. A lista foi divulga hoje pela Direção Regional de Cultura do Alentejo.
O historiador Santiago Matias, investigador do Campo Arqueológico de Mértola e presidente da Câmara de Moura entre 2013 e 2017, é um dos doze candidatos admitidos no concurso para diretor do Museu Rainha D.Leonor, em Beja. Natural de Moura, Santiago Macias faz também parte da lista final de oito candidatos (listadef_panteão nacional) a diretor do Panteão Nacional, em Lisboa, concurso promovido pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
O também historiador e arquiteto José António Falcão, antigo diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja é outro dos candidatos, estando também a concorrer (listadef_museu nfmcenáculo) ao cargo de diretor do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, procedimento da responsabilidade da DGPC.
A lista (lista_candid_museu_beja20) de candidatos admitidos e excluídos do concurso internacional promovido pela Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) foi publicada esta terça-feira no site daquela instituição depois do respetivo aviso ter sido publicado hoje em Diário da República.
O júri presidido por Ana Paula Amendoeira, máxima responsável da DRCA, selecionou 12 candidatos, que inclui 7 mulheres e cinco homens, que vão ainda ser sujeitos a uma entrevista profissional, momento final do concurso. Do total de concorrentes, foram excluídos três candidatos por não terem entregue toda a documentação exigida no procedimento concursal.
O concurso para diretor do Museu Regional Rainha D.Leonor foi lançado em 2 de julho. Para uma comissão de serviços, por um período de três. O último diretor foi José Carlos Oliveira, que deixou o cargo há mais de três anos, primeiro por baixa médica e depois por se ter aposentado, tendo o cargo sido exercido de forma interina por Francisco Paixão.
Com a passagem para a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), a gestão passou a ser da responsabilidade de Deolinda Tavares, também candidata ao lugar de diretora.
Rede de museus do Ministério da Cultura
Desde 1 de dezembro de 2019, que o Museu Regional de Beja deixou de ser gerido pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e passou a integrar a rede de museus do Ministério da Cultura, envolvendo uma parceria a estabelecer entre a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), numa gestão partilhada com a câmara local.
Ao abrigo do decreto-lei n.º 78/2019, de 5 de junho, que aprova o regime jurídico de gestão dos museus, monumentos e palácios, o Museu Regional Rainha Dona Leonor, em Beja, foi transferido da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) para a Direção Regional de Cultura (DRC) do Alentejo.
Instalado no Convento de N. Sra. da Conceição, propriedade do Estado, o museu tem um vasto e valioso acervo, que vai desde a pré-história até à atualidade, destacando-se as suas coleções de arqueologia, pintura, azulejaria, cerâmica, ourivesaria, escultura, numismática, metrologia e ferragens. Aqui foram escritas as “Cartas Portuguesas”, por Soror Mariana Alcoforado que se perdeu de amores por Noel de Chamilly, um capitão do Exército francês, cuja paixão não era correspondida pelo militar gaulês.
Teixeira Correia
(jornalista)