(Exclusivo) V.N.Milfontes: Militar da GNR acusado de agressão na via pública.


Foi apresentada queixa no Ministério Público de Odemira e remetida para a Inspeção Geral da Administração Interna contra um militar. Comando Territorial de Beja da GNR confirma a detenção de duas pessoas “por resistência e coação sobre funcionário”.

Um militar da GNR do Posto Territorial de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, é acusado de ter agredido a soco, na via pública, um cidadão, de 24 anos, que se tinha juntado ao irmão mais novo, de 20 anos, que fora abordado pelos agentes da autoridade. Uma queixa deu entrada na segunda-feira no Ministério Público (MP) de Odemira, que foi também remetida, por vai postal, para a Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI).

O Comando Territorial de Beja (CTBeja), através do Capitão Hugo Monteiro, Oficial de Relações Públicas, confirmou a detenção de dois homens “por resistência e coação sobre funcionário”, afirmando “desconhecer” a existência de qualquer queixa ou reclamação “por parte de qualquer cidadão”.

O caso ocorreu no passado dia 6 de março, junto ao edifício da GNR de Vila Nova de Milfontes e tudo começou cerca das 13,30 horas, quando Marcos o mais novo de dois irmãos fez uma manobra com a viatura que conduzia e que o militar da GNR considerou como irregular.

Na sequência da abordagem do militar, tido como “insultuosa”, uma vez que, segundo a queixa-crime entregue no MP, aquele terá questionado o condutor se tinha “fumado, tomado ou consumado comprimidos”, numa insinuação à ingestão de produtos estupefacientes e em virtude da viatura não ter inspeção válida e não puder circular, face a um cancelamento de matrícula por parte do IMTT, e a um possível reboque da mesma, Artur telefonou à mãe e ao irmão que compareceram no local.

De uma troca de palavras entre os intervenientes, o militar da GNR terá agredido Jonas, o mais velho dos irmãos, com um murro na face, que o projetou para o chão, sendo também acusado de ter despido e atirado para o chão o blusão da Guarda, com o objetivo de voltar a ter uma atitude agressiva.

Os dois irmãos foram conduzidos para o posto da GNR a fim de serem elaborados os autos de detenção e constituição de arguidos. Jonas sentiu-se mal e foi conduzido numa ambulância dos Bombeiros de Vila de Milfontes para o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Odemira, onde foi observado. Mais tarde e já na habitação, voltou a sentir dores e deslocou-se em meios próprios, acompanhado dos familiares ao Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém.

Nas respostas às questões colocadas pelo Lidador Notícias (LN), o Oficial de Relações Pública do CTBeja, concretizou que a detenção dos dois homens de 20 e 24 anos, ocorreu por os mesmos “terem adotado um comportamento agressivo para com os militares”, confirmado o capitão Hugo Monteiro que “um dos detidos necessitou de cuidados médicos e foi transportado sob custódia policial ao Centro de Saúde de Odemira”, justificou.

Segundo o oficial, depois de regressar às instalações a Guarda, “foi constituído arguido e restituído à liberdade”, justificando que os factos “foram remetidos ao MP que determinou a continuidade do processo para a fase de inquérito”, rematou.

Quando inquirido se foram formalizada alguma queixa contra algum militar da corporação, Hugo Monteiro sustentou que a GNR “desconhece a existência de qualquer ou reclamação” relativa à atuação dos militares do Posto de Vila Nova de Milfontes.

Teixeira Correia

(jornalista)


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