GNR: Leitura do acórdão dos sete militares do Posto de V.N.Milfontes.


Tem lugar hoje no Juízo Central Criminal do Tribunal da Comarca de Beja a leitura do acórdão do processo em que sete militares da GNR são acusados de maus-tratos e sequestro a imigrantes.

O Procurador do Ministério Público (MP) do Tribunal de Beja pediu a condenação dos sete arguidos sustentando que “todos os militares devem ser condenados pelos crimes de quem estrão acusados”, tendo justificado que “nenhum dos arguidos assumiu o que quer que fosse e os que falaram trouxeram um conceito de brincadeira”, rematou.

Por seu turno os advogados pedem a absolvição dos arguidos, todos militares da GNR do Destacamento de Vila Nova de Milfontes do Comando Territorial de Beja (CTBeja), mas três deles deixaram a porta aberta a que os seus clientes possam vir a ser condenados a penas suspensas.

As defesas cimentaram aa suas alegações no facto de que “neste processo não houve identificação, testemunho ou hospitalização das vítimas, como ocorreu no processo anterior”, justificou Ricardo Vieira advogado do arguido Nuno Andrade.

Os crimes de que são acusados os arguidos

Rúben Candeias está acusado de cinco crimes de ofensa à integridade física, quatro de abuso de poder e um de sequestro. Nelson Lima, Diogo Ribeiro e Nuno Andrade serão julgados por um crime de abuso de poder e quatro de ofensa à integridade física, João Lopes por três crimes: abuso de poder, ofensa à integridade física e sequestro. Finalmente Carlos Figueiredo e Paulo Cunha serão julgados por um crime de abuso de poder e outro de ofensa à integridade física.

Três dos militares arguidos já foram condenados

Envolvidos no primeiro processo julgado por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja e em cujo acórdão de 3 de julho de 2020, João Miguel Lopes foi a cinco anos de prisão, enquanto que Rúben Candeias e Nelson Lima foram condenados a quatro anos e a três anos e seis meses de prisão, cada um.

Teixeira Correia

(jornalista)


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