Alvito: Cidadão brasileiro vai ser julgado por ter despejado extintor sobre três GNR’s.
Um indivíduo de nacionalidade brasileira, de 35 anos, residente em Alvito, distrito de Beja, vai ser julgado por três crimes de ofensas à integridade física qualificada, por ter deflagrado o pó de extintor sobre quatro militares da Guarda Nacional Republicana, provocando lesões nasais, cutâneas e oculares em três deles.
De acordo com o despacho de acusação elaborado pela Procuradoria do Ministério Público (MP) de Cuba, Virlei dos Santos, está também acusado de três crimes de injúrias agravados, perpetradas contra os militares da GNR e cinco crimes de ameaça agravados tendo como ofendidos cinco cidadãos romenos, ligados à agricultura, que habitavam numa casa alugada pelo arguido.
Por deter uma pistola de alarme e cinco munições de salva, fora de condições legais, Virlei, viu ainda a GNR instaurar-lhe um procedimento contra-ordenacional com que fez ameaças a alguns dos cidadãos romenos
Os factos principais ocorreram no dia 27 de novembro, quando cerca das 17,50 horas, o arguido se dirigiu à casa alugada e ameaçou, segundo a acusação do MP, dois menores e a mãe, exigiu 100 euros e empunhando uma arma, encosto-a ao peito da mulher e disse-lhe: “se não me deres o dinheiro eu mato-te”. Depois apontando a arma aos filhos gritou: “vou matá-los a todos se não me deres o dinheiro já”.
A mulher conseguir fugir para dentro de casa tendo a GNR sido avisada da ocorrência. O arguido refugiou-se num estabelecimento comercial (na foto) e como havia a informação os militares do posto de Alvito pediram reforços ao posto de Cuba. Quando quatro militares se abeiraram da casa, o arguido abriu o postigo da porta e proferiu diversos impropérios e ameaças contra os militares. Ato contínuo, Virlei empunhou um extintor e despejou o mesmo sobre os militares, deixando os mesmos doentes durante sete dias.
Poucos dias mais tarde e usando o mesmo expediente com a arma, o arguido expulsou um casal de cidadãos da habitação, por não pagarem a renda.
Virlei dos Santos, vai ser julgado perante um Tribunal Coletivo, que será presidido pela magistrada Ana Batista, arriscando uma pena superior a cinco anos de prisão.
Teixeira Correia
(jornalista)