Beja: Carmelo vai ser encerrado. Qual o futuro do edifício ?


Mais de três meses depois de ter sido assinado no Vaticano o decreto de supressão, o Bispo D.João Marcos comunicou às três Irmãs Carmelitas, já no decurso desta semana o encerramento e a sua saída do Carmelo de Beja. Qual o destino do edifício é a pergunta que muitas pessoas fazem ?

Em comunicado publicado na página da Diocese de Beja, o Bispo revelou que o comissário da Ordem do Carmo e a Madre presidente da federação Mater et Decor Carmeli de monjas carmelitas, “juntamente comigo executaram o decreto de supressão deste mosteiro, assinado em Roma no dia 12 de julho de 2019, tendo como motivo a falta de irmãs na comunidade de acordo com a legislação aprovada pela Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica”.

Em nome da diocese D.João Marcos agradeceu às irmãs carmelitas “a sua presença orante no meio de nós durante estes 65 anos. A diocese fica mais pobre sem este pulmão espiritual de vida contemplativa”, justificou.

O Bispo referiu ainda que tudo será feito “para que, brevemente, uma nova comunidade possa habitar entre nós”, concluiu.

D.João Marcos conhecido nos meios eclesiásticos como “o Bispo pintor”, face à sua “veia artística”, nunca “morreu de amores” pelas Irmãs Carmelitas, não tendo permitido, numa celebração dos 65 anos da restauração do Carmelo, que as monjas ficassem durante algum tempo fora da clausura, para conviver com os crentes presentes na cerimónia.

Já há muito que se falava que o desfecho do Carmelo de Beja passaria pela saída das Irmãs Carmelitas e o espaço ser vendido a privados para a edificação de um hotel de luxo.

As três Irmãs Carmelitas ficaram em choque e há da parte de alguns crentes subscreverem um documento a protestar pelo encerramento e saída das monjas, para entre às altas entidades da Igreja em Portugal.

Teixeira Correia

(jornalista)

Foto: Diocese de Beja


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