Beja: Intoxicação alimentar arrasta graves problemas sociais.


A Câmara Municipal de Beja revelou que vai rescindir o contrato com o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, o presidente da instituição fala em precipitação e desemprego.

Ouvido pelo Lidador Notícias (LN), Arlindo Morais, vereador da Câmara Municipal de Beja com o pelouro da Educação, justificou que “vamos rescindir o contra com o Centro Social por quebra do contrato e de confiança na instituição é uma situação que não pode ocorrer”, justificando as cerca de 200 refeições dos dois centros escolares e três escolas “vão ser asseguradas por uma empresa e pela Casa do Povo de Penedo Gordo-Cavadinhas”, instituições que estão a assegurar os almoços desde quarta-feira.

Contrariamente ao que a ASAE referiu no comunicado sobre a hospitalização de 70 crianças, o gabinete de imprensa da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) reafirmou que “entraram nos serviços de pediatria 36 crianças entre os 4 e os 7 anos e nas Urgências 6 adultos. Ficaram em observação três crianças que ao início da tarde de quarta-feira já tinha tido alta médica”.

José Baguinho, presidente da direção do Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança justificou que “estamos a aguardar o resultado das análises, porque os produtos alimentares podem não estar na origem do caso”, considerando que a rescisão do contrato da autarquia “terá graves implicações no futuro da instituição que pode levar ao despedimento de muitos dos 26 trabalhadores”, rematou.

No entender de Joaquim Baguinho “há precipitação da autarquia que deveria aguardar por todos os resultados dos testes e perceber-se o que ocorreu”, lembrando que a instituição “tem um passado de quase três décadas sem qualquer problema”, concluiu.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) através da Unidade Regional do Sul sedeada em Évora, instaurou um processo-crime contra o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança (CSCRBA) de Beja, por corrupção de substâncias alimentares, na sequência da intoxicação alimentar que despoletou na tarde de terça-feira e que levou 42 pessoas ao hospital.

Em comunicado a ASAE refere que na sequência de um alerta de emergência das autoridades locais de saúde face ao recurso à unidade hospitalar de doentes que “evidenciavam sintomas de natureza infeciosa ou tóxica, potencialmente causados pelo consumo de alimentos”, justificam.

A autoridade refere que ação teve como alvo a instituição “que procedia ao fornecimento das refeições” para cinco estabelecimentos escolares, acrescentando a ASAE que foram “apreendidas vários géneros alimentares”, concretizando tratar-se de 240 ovos e 40 quilos de produtos alimentares “por suspeitas de se encontrarem anormais avariados”, justificam.

Teixeira Correia

(jornalista)


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