Moura: Espadanal um “ninho” do COVID-19 com 32 casos positivos.


Espadanal, é na língua portuguesa, um lugar onde crescem espadanas, o nome comum dado a diversas espécies de vegetais. Em Moura, Espadanal, significa o lugar onde dia a dia cresce o foco do COVID-19.

O lugar, fica situado a dois quilómetros de Moura, junto à Estrada Nacional 258, na ligação a Vidigueira, vive uma comunidade de etnia cigana com cerca 150 pessoas, e já são conhecidos 33 casos positivos, 17 dos quais crianças e jovens. A origem do vírus terá tido como ponto de partida a Espanha.

O agente transmissor terá sido o filho do homem, que tem cerca de 70 anos e, que está internado nos Cuidados Intensivos do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, desde o passado dia 4 de abril, que esteve a trabalhar no país vizinho, segundo revelou o progenitor às autoridades de saúde.

O primeiro caso foi conhecido na terça-feira depois do indivíduo se ter sentido mal e sido atendido no Centro de Saúde de Moura. Como os sintomas poderiam configurar um caso de coronavírus, foi reencaminhado para o hospital de Beja, onde ficou internado. Sujeito a testes, ficou a saber-se na passada terça-feira que os mesmos se revelaram positivos.

Depois de conhecido este caso, foram feitos a todos os habitantes do Espadanal, tendo na sexta-feira o Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura (SMPCM) revelou que 17 crianças e jovens tinham dado positivo.

Logo que foram conhecidos estes resultados a GNR montou guarda ao local a fim de evitar fugas, que já ocorreram depois de ter sido conhecido o caso do ancião que está internado.

Ontem, o SMPCM que tem como coordenador o presidente da Câmara de Moura, deu a conhecer mais catorze casos, desta feita em adultos, revelando que continua a aguardar os resultados das colheitas realizadas, em mais 30 adultos.

Álvaro Azedo, eleito pelo Partido Socialista, ignorou a determinação do Governo, que proibi que as autarquias divulguem números do COVID-19, tendo-o também feito na sua página de facebook.

Quem recorreu às redes sociais foi um neto do ancião infetado que fez um apelo à comunidade de etnia cigana: “pessoal, peço a todos vós que façam uma oração pelo meu avô que está com este vírus. Por favor façam essa oração”, pedindo também que todos partilhem esse pedido.

Teixeira Correia

(jornalista)


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