Serpa: Incendiário em preventiva, vai ser julgado por fogo posto.
Incendiário em preventiva, de 58 anos, vai ser julgado por fogo posto. O arguido morador na Mina da Orada, Serpa, já foi condenado por incêndios.
Em prisão preventiva desde 9 de agosto de 2018, Diamantino Pazes, de 58 anos, residente no monte da Mina da Orada, concelho de Serpa, começa hoje a ser julgado no Tribunal de Beja, por um crime de incêndio florestal, na forma consumada, arriscando uma pena de prisão superior a cinco anos.
O individuo já tem antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, tendo sido condenado em cúmulo jurídico, por acórdão transitado em julgado a 23 de outubro de 2017, na pena de 3 anos e 8 meses de prisão suspensa pelo mesmo período.
Os factos que levaram à prisão do arguido ocorreram em 28 de julho de 2018, quando Valdemar decidiu atear fogo na berma da Estrada Nacional 258, no sentido Moura/ Vidigueira, no lugar do Barranco da Amoreira, próximo de Pias (Serpa).
O homem deslocou-se de bicicleta da Mina da Orada e ateou o fogo que alastrou à “Herdade da Orada”, que tem 500 hectares, de azinho e sobro. O incêndio consumiu 0,1 hectares de pasto, a copas de árvores e paus da vedação da propriedade, causando um prejuízo de 500 euros. O incêndio não atingiu maiores proporções já que no local passavam os Bombeiros de Cuba que iam combater outro incêndio e rapidamente debelaram as chamas.
O caso foi investigado pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária, que dez dias após o incêndio detiveram Diamantino Pazes, solteiro, trabalhador rural, que confessou o crime.
Em 12 de dezembro de 2014, o arguido foi condenado por um crime de furto qualificado a 2 anos e 1 mês de prisão e em 8 de maio de 2017, a 2 anos de prisão pela prática de dois crimes de incêndio florestal, ambas suspensas. Compulsado o cúmulo jurídico o indivíduo viria a ser condenado a uma pena de 3 anos e 8 meses de prisão suspensa pelo mesmo período.
Caso seja condenado no processo que vai ser julgado por um Tribunal Coletivo, o arguido vai ter que cumprir a pena que tem suspensa, sendo feito novo cúmulo jurídico.
Teixeira Correia
(jornalista)