V.N.Milfontes/ Odemira: Ministério Público pede prisão para arguidos do processo de tráfico de estupefacientes.


O Procurador do Ministério Público (MP) de Beja, pediu penas de prisão para os seis arguidos, quatro dos quais em preventiva, do grupo que controlava o tráfico de estupefacientes em Vila Nova de Milfontes. Carlos Esteves Dias, advogado do principal arguido fez duras criticas aos Procuradores, Juízes e GNR.

beja-traficantes-vnm_800x800Durante as alegações finais, António Marcante, deixou em aberto a possibilidade de quatro dos arguidos verem a pena suspensa, por considerar que incorreram num crime de tráfico menor de estupefacientes.

Apelidado entre as autoridades locais como “Milfontes Connection”, os elementos do grupo têm idades compreendidas entre os 21 e os 39 anos, cuja detenção ocorreu em fevereiro do corrente ano.

Ontem durante as alegações finais no Tribunal de Beja, Carlos Esteves Dias, advogado de Maksym Rarenko, um cidadão ucraniano, com nacionalidade portuguesa, tido como “cabecilha” do grupo, desferiu um violento ataque contra a Procuradora do MP de Odemira, militares da GNR, comunicação social e inclusivamente o Coletivo de Juízes, afirmando que “a forma como as testemunhas foram inquiridas é inadmissível. Não me lembro de ter ouvido nada disto da minha vida”, atirou.

O juiz presidente, Vitor Rendeiro não deixou passar claro o comportamento do advogado e avisou de que “não seria a primeira vez que seria indemnizado por ofensas em tribunal. Quero crer que foi um lapso desagradável”, rematou.

Maksym Rarenko, definido em Vila Nova de Milfontes, como “um velho conhecido e amigo das autoridades locais”, está acusado dos crimes de tráfico de estupefacientes, detenção de arma proibida, recetação, roubo e extorsão.

Este julgamento fica marcado pelo facto de durantes as várias sessões, foram extraídas dez certidões pelo crime de falsas declarações das testemunhas.

A leitura do acórdão ficou marcado para o próximo dia 31 de outubro, às 14,30 horas.

carlos-dias-advogado_800x800Declarações do advogado Carlos Esteve Dias, defensor de Maksym Rarenko.

Procuradora do MP de Odemira: “a senhora fez deste, o caso da vida dela”.

Coletivo de Juízes: “a forma como as testemunhas foram ouvidas é inadmissível. Não se pode esgotar as testemunhas e passa-las para os advogados sem nada para dizer. Não me lembro de ter ouvido nada disto na minha vida”.

Ministério Público: “quando não interessava o que as testemunhas diziam retiravam-se certidões por estar a mentir”.

GNR: “é uma investigação que não foi isenta. O arguido entrou neste processo a martelo, enfiado pelo cabo Rosalino, que tem um ódio de estimação pelo senhor Rarenko, por causa de três absolvições em outros processos”.

Além de advogado Carlos Esteves, tem o curso de treinador de futebol tendo em 2008/2009 e 2009/2010, treinado a equipa de juniores do Caneças e em 2010/2011, o Cova da Piedade e em 2013/2014, o Fátima.

Teixeira Correia

(jornalista)


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