BEJA: Caso da agressão a bebé na Creche do Bº da Esperança
Funcionária de creche desmente acusações de agressão a bebé. Prazo para contestar nota de culpa termina quarta-feira.
Termina nesta quarta-feira, 4 de Março, o prazo de contestação à nota de culpa enviada pelo Centro Social, Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança (CSCRBA), em Beja, à funcionária Suzana Morgadinho, acusada de ter agredido um bebé de 10 meses (foto cedida pelos pais de Martim Correia) na creche daquela instituição.
Ao Jornal de Notícias (JN), Susana Morgadinho, desmentiu as acusações de agressão a Martim Correia Moura, que lhe foram feitas pelos pais e avó da criança.
A situação foi despoletada no final da tarde do dia 30 de Janeiro, depois da avó do bebé, ter ido buscar este à creche e lhe ter encontrado marcas de agressão na cara. Na altura, Mónica Pacheco, mãe de Martim, disse que o filho “tinha a cara vermelha e em algumas partes estava roxa”, acusando a auxiliar de ter agredido o bebé.
O CSCRBA suspendeu a funcionária acusada e abriu um processo de inquérito para apurar responsabilidades, onde já foram ouvidas todas as partes e testemunhas, envolvidas no caso.
Em resposta a perguntas feitas através de um mail, Susana respondeu pela mesma via, começando por dizer que “desmente categoricamente todas as acusações infames que lhe têm sido imputadas”, acrescentando que está “de consciência tranquila”, concluiu.
A auxiliar afirma “recusar-se” a falar dos factos, porque “não pode, nem quer perturbar o inquérito”, que foi levantando pela direção do Centro Social, para apurar a verdade dos factos.
Susana Morgadinho, afirma ainda que “responsabilizará quem a tem difamado e crucificado na praça pública”, justificando que “nunca” lhe deram “possibilidade de se defender”, rematou.
A concluir Susana, diz que tem recebido manifestações de “confiança e solidariedade” de familiares e muitos amigos.
Sobre o andamento do processo, o presidente da direção do CSCRBA, José Baguinho afirmou, que “foi enviada nota de culpa à funcionária”, e que a mesma tinha dez dias para “se pronunciar sobre o teor da mesma”, sendo depois tomada uma decisão final.
O máximo responsável do Centro Social, acrescentou que “apesar de suspensa de funções”, enquanto decorrer o processo e não for tomada de uma decisão, “a funcionária receberá o seu vencimento na totalidade”, concluiu.
Dois dias após o caso ter rebentado, Mónica Pacheco e Ismael Moura, os pais de Martim, apresentaram queixa na PSP contra a Susana Morgadinho. Quando ouvidos quanto a um possível regresso de Susana ao Centro Social, os dois jovens disseram que esperavam que “seja expulsa” da instituição, garantindo que “se a virmos, não respondemos por nós”, rematam.
Teixeira Correia
(jornalista)