Opinião (Rogério Copeto/ Oficial da GNR): 2017 EM REVISTA.
À semelhança do ano passado e como é tradição no final de cada ano, o presente artigo pretende fazer um resumo dos principais acontecimentos que ocorreram durante o ano de 2017, com recurso aos temas que foram abordados aqui no LN.
Tenente-Coronel da GNR
Mestre em Direito e Segurança e Auditor de Segurança Interna
Chefe da Divisão de Ensino/ Comando de Doutrina e Formação
Durante o ano de 2017 escrevi 49 artigos, incluindo este, “tentando que fossem todos pertinentes, interessantes e atuais, sabendo no entanto que poucos foram os que atingiram esse desiderato”, conforme tivemos ocasião de escrever no artigo que assinalou a marca dos 100 artigo, com o título “Generalidades e culatras”.
Assim, em 2017 continuámos a escrever sobre segurança rodoviária, nomeadamente no artigo com o título “PENSE 2020 e FAÇA 2020”, por motivo da consulta pública do “Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária – PENSE 2020”, que foi entretanto publicado e por isso escrevemos o artigo com o título “Nova estratégia, velhos problemas”, onde referimos que o “PENSE 2020” tem como objetivo atingir em 2020, os 41 mortos por milhão de habitantes, correspondendo a uma diminuição das vítimas mortais em mais de metade, comparativamente com os mortos registados em 2010, prevendo-se no entanto, que o ano de 2017 termine com um aumento das mortes na estrada, tendo em conta que até 15 de dezembro foram registados mais 61 mortos, do quem em igual período de 2016 (422 em 2016 e 483 em 2017), faltando ainda acrescentar os mortos a 30 dias (pelo menos mais 25% do total das vítimas mortais).
Ainda sobre o tema da segurança rodoviária escrevemos dois artigos, um com o título “Javalis: Mau para agricultura, pior para a segurança rodoviária” e o segundo denominado “Atropelamento e fuga: O crime perfeito?” no dia 8 de fevereiro, que suscitou o interesse da revista “Autohoje”, motivando por isso a elaboração do artigo “Atropelamentos mortais escondem homicídios”, publicado na edição nº 1436 de maio, daquela revista.
Outro assunto recorrente é a violência doméstica (VD), pelo que tivemos ocasião de escrever o artigo “Violência doméstica, operações da GNR e ONU” por motivo do mediatismo que mais um caso de violência doméstica alcançou, e onde demos conhecer o “Relatório Anual de Monitorização – Violência Doméstica 2015” divulgado no dia 29 de dezembro de 2016 pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, cujo relatório referente a 2016 ainda não foi divulgado. Assim, pelo segundo ano consecutivo só conheceremos o número de crimes de VD referentes ao não anterior, no final do seguinte, sendo nossa opinião que quanto mais cedo forem conhecidos os dados estatísticos sobre VD, melhor as instituições planeiam as suas acções de prevenção e combate ao fenómeno.
Ainda sobre VD escrevemos o artigo “Peço justiça” por motivo do Tribunal da Relação de Évora ter absolvido um homem condenado pelo crime de violência doméstica, depois de concluir que atos como agarrar a vítima pelo pescoço não perfazem maus-tratos. E ainda sobre o tema das decisões judiciais polémicas escrevemos o artigo “Decisões judiciais em processos de violência doméstica”, por motivo do famoso acórdão do Juiz Neto de Moura, tendo ainda tido oportunidade de escrever um conjunto de artigos onde foi abordado o tema da VD, nomeadamente os artigos: “Mulheres sobreviventes”; “Vítimas de 1ª e 2ª classe”; “Responsabilidades parentais e violência doméstica”; Piropos e Stalking” e; “Crónica de um homicídio”.
Para além da VD, a protecção das crianças é também outro dos assuntos que abordamos com frequência, pelo que escrevemos também este ano vários artigos sobre esse tema nomeadamente: “Retirada de crianças – 1ª parte”; “Retirada de crianças – 2ª parte”; “Genética e crianças desaparecidas”; “Criança até aos 25 anos” e; “Tráfico de Crianças”. Neste âmbito escrevemos também sobre o “Programa Escola Segura”, nos artigos “Aos 25 anos a Escola segura entrou na universidade ou não”, “Bodas de prata do Programa Escola Segura”, “Operação Exames Nacionais”, “Spring Break” e “Denunciar as praxes abusivas”.
Também não esquecemos a protecção aos idosos e por isso escrevemos sobre a “Operação Censos Sénior”, o artigo “Um notável caso de sucesso” e sobre a “Operação Idosos em Segurança”, o artigo “A GNR na linha da frente no apoio aos idosos.
Sobre segurança, cujo assunto é transversal a todos os artigos, escrevemos sobre o “Relatório Anual de Segurança Interna de 2016” no artigo “Menos crimes denunciados”, para dar conta da diminuição de 11,6% na criminalidade violenta e uma redução de 7,1% na geral, tendo ainda abordado o assunto da segurança nos artigos: “Violência viral”; “Assaltos a residências”; “Segurança ou livre circulação”; “As mortíferas fábricas de pirotecnia” e; “Sem segurança não há turismo”.
Sobre o empenhamento que a GNR teve durante a visita de sua Santidade o Papa Francisco ao Santuário de Fátima nos dias 12 e 13 de maio, escrevemos os artigos “GNR: a ‘mãe’ de toda a operação” antes da operação, “Operação Fátima” depois da operação e “Outsourcing na Segurança” por motivo do aluguer por parte das autoridades de equipamentos para detetar e neutralizar drones durante a “Operação Fátima”.
Infelizmente não tivemos muito tempo para nos congratularmos com o estrondoso sucesso que foi a “Operação Fátima”, porque logo a seguir no mês de junho ocorreram os piores incêndios da nossa história, que tiveram repetição no mês de outubro, considerando o número de incêndios, a área ardida e o número de vítimas mortais, pelo que escrevemos vários artigos sobre o assunto, nomeadamente: “O período crítico é quando a natureza quiser”; “Desaparecidos nos incêndios: A outra tragédia”; “Um país de incendiários”; “Mais vale evacuar do que remediar” e; “Fase Charlie e Período Crítico”. Os incêndios de junho e de outubro, de onde resultaram a morte de mais de uma centena de inocentes, tiveram várias consequências, nomeadamente a demissão de responsáveis políticos e a execução de diversas medidas para que não se repita a tragédia ocorrida este ano, sendo uma delas a eliminação do “DECIF de 2018” das famigeradas fases de combate aos incêndios (Alfa, Bravo, Charlie, Delta e Eco).
Outros assuntos foram ainda abordados e sem querer deixar nenhum dos artigos de fora, para que aqueles que não tiveram oportunidade de os ler, e o possam fazer agora, relembramos por isso os artigos: “Honras de Estado, violência juvenil e árbitros”; “Insubordinação, argelinos em fuga e homicídios”; “Mundo Rural”; “O novo Estatuto da GNR”; “Desaparecidos: Cada cabeça sua sentença”; “A GNR e as armas”; “Boas práticas da Polícia Militar brasileira” e; “Forças de Segurança de qualidade e certificadas”.
Também escrevemos o artigo com o título “Um mau 2017, mas podia ser pior”, pelo que fazemos votos para que o ano de 2018 seja melhor do que o ano de 2017, bem como este período de festas sejam tranquilas para todos aqueles que se juntam em família nos dias do Natal nas suas zonas de origem e para aqueles que irão celebrar o ano novo longe da sua área de residência, pelo que relembramos que também este ano a GNR realizará a famosa “Operação Natal/Ano Novo”, com o objetivo de prevenir a sinistralidade rodoviária, garantindo a segurança dos utilizadores das estradas portuguesas, para que todos cheguem aos seus destinos e possam estar com quem mais gostam.
Desejo a todos os leitores e colaboradores do Lidador Notícias um Santo Natal e um Próspero Ano Novo de 2018.
Até para o ano, em segurança.